Inutilidade

22 Jun

Por 3 semanas, eu estive lendo o livro Ciranda de Pedra, de Lygia Fagundes Telles. É um bom livro! É que eu assisti a novela Ciranda de Pedra e amei!^^ Aí eu resolvi ler o livro. Não tem naaaada a ver com a novela. A Globo mudou tuuuuudoooo!!! Mas o livro também é muito legal! 🙂
Tá. Mas aí o livro é interessante. Hoje decidi postar um trecho desse livro. É um dos trechos mais legais! O trecho mais filosófico que tem aqui.
Otrecho refere-se a um momento que Virgínia (a protagonista) estava desfrutando com seu amado, Conrado. Virgínia amava Conrado desde sua infância, mas ele não sabia disso. Conrado namorava uma das irmãs de Virgínia, Otávia. Ele era muito pensador, um filósofo. Virgínia era solitária, excluída e macabra. Mas veja as frases de Conrado sobre a inutilidade:

“— (…) Ouça, Virgínia, é preciso amar o inútil. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca. A distância mais curta entre 2 pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas. A música. (…) Este céu que nem promete chuva. (…) Aquela estrelinha que está nascendo ali… Está vendo aquela estrelinha? Há milênios não tem feito nada, não guiou os Reis Magos, nem os pastores, nem os marinheiros perdidos. Não faz nada. Apenas brilha. Ninguém repara nela, porque é uma estrela inútil. Pois é preciso amar o inútil porque no inútil está a Beleza. No inútil também está Deus.
Virgínia apertou o ramo de rosas contra o peito. ‘Inútil é o amor que tenho por você’, quis dizer-lhe. Não disse. Fora uma hora de paz aquela, mas leve ironia poderia embaçar sua transparência. Parecia sentir ainda a leve pressão dos dedos de Conrado no seu braço. Mais tarde haveria de lembrá-lo assim, todo feito de palavras e de gestos inúteis. Mas inesquecível.”

TT ….
De repente senti um vazio em meu peito…. TT [/nostalgia]
Ooowwnnn….! TT [/nostalgia/melancolia]
TT


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