A miséria brasileira, a política e a TV

2 Mar

Ontem eu estava assistindo ao programa Fantástico e estava passando uma reportagem de algumas das regiões mais pobres do Brasil, no Norte e Nordeste.
Tem uma cidade que, não me lembro o nome, não existe água encanada. Ela fica às margens do rio São Francisco mas o povo não pode usar água do rio porque é muito poluído. O governo manda, então, um caminhão pra levar água pra população e olha, que não tem água pra todo mundo. Tem gente que fica 1 semana sem tomar banho por causa disso.
Ainda há outra região que as pessoas são tão pobres, que não ganham nem 1 salário mínimo. Eles entrevistaram uma mulher que diz que é empregada doméstica e ganha R$40,00/mês.
Mostrou, também, no Norte do Brasil, uma dona de casa que mora isolada com seus filhos pequnos num sertão. O marido, diz ela, que foi embora pra São Paulo há mais de 1 ano e nunca mandou nem 1 real pra família. Ela não tem notícias dele (tá na cara que ela é corna, né?! ô dó!). Lá onde essa mulher mora, não tem jeito de plantar porque o solo é seco demais e nada cresce nele. Apesar disso, recebe cestas básicas do Bolsa Família. A mulher é muito pobre. Na casa dela não tem banheiro. As crianças nunca tomaram banho de chuveiro e o maior sonho da menina é ter uma boneca que chora. Mas a pobre mãe não tem condições de dar a ela a boneca. TT
E isso tudo acontece, porque a corja de bosta dos políticos dessas regiões, não usa o dinheiro que recebe para fazer manutenção nesses locais.
Agora, se os políticos não fazem nada pra melhorar a vida dessas pessoas, a Rede Globo podia muito bem dar um grande agrado pra, pelo menos, aquela mulher do sertão. O que eu acho que é muita injustiça, é que os repórteres entrevistam essas pessoas, entram na casa delas, filmam tudo, são bem recebidos e não compram nem 1 bonequinha do Paraguai pra menina sertaneja.
Eu estava agora lembrando aqui, de uma outra reportagem que passou no Jornal Nacional quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, por aí. Era uma velhinha que morava sozinha e isolada no sertão nordestino. Acho que ela não recebia ajuda do governo. També nem lembro direito da reportagem. Eu sei que ela tinha uma doença (deve ser uma doença de estômago ou intestino) e foi consultar no médico. O doutor disse que ela precisava se alimentar direito. Comer frutas, verduras, legumes, alimentos saudáveis. E ela disse:
— Mas doutor! O quê que eu vou comer se eu não tenho dinheiro pra comprar nada?
O doutor nada fez. Mas quem estava lá exibindo a velhinha pro Brasil inteiro ver a dificuldade que estava passando, também não fez nada pra ela. A Rede Globo, canal elite, com tanta grana pra fazer novela, que atualmente a maioria não são muito boas, não deu nem 1 cestinha básica de pelo menos 1 semana. Exibe a senhora, ganha dinheiro com ela (afinal foi uma reportagem do Jornal Nacional, um dos joranis mais assistidos da TV) e nem liga.
E eu nunca esqueci dessa pobre velhinha. Eu ainda lembro que quando eu vi isso, deu uma vontade enorme de ser milionária só pra ajudar essa senhora.
Alguns anos depois, o próprio Jornal Nacional nos relembrou dessa reportagem e disse que a dona tinha morrido de fome.
Triste, não?

3 Respostas to “A miséria brasileira, a política e a TV”

  1. Kate Março 3, 2009 às 4:22 pm #

    Oii migaaa. So eooo a Niara. Sooh pra avisar que eu to de blog novo http://nomotion.zip.net/
    soh pra vc saber
    pq naum respondeu o meu e-mail? chegou naum?
    bjs e qjs

  2. C. Março 7, 2009 às 12:27 am #

    Sim, muito triste. E vc faz o quê a respeito? Critica. É, isso realmente vai melhorar a miséria, a política e a TV. A Rede Globo é uma p* capitalista e todo mundo sabe disso. Agora, diante dessa observação, vc realmente acha que eles dariam agradinhos e cestas básica para os velhinhos?…
    Se vc quer mudanças, melhor começar a agir, porque só esculachar com o governo ‘que é isso e aquilo’ e cruzar os braços não adianta. A mudança está em nós. Boa sorte.

  3. C. Março 7, 2009 às 12:30 am #

    A propósito, muito pertinente o 1º comentário aqui. O post foi bom, mas as pessoas que comentam aqui, aparentemente, não são do mesmo nível.

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